PLANO DIRETOR DE FLORIANÓPOLIS: VERDADES SECRETAS: OS EFEITOS DA PROPOSTA DO PLANO DIRETOR DE FLORIANÓPOLIS: EXPANSAO DAS VULNERABILIDADES SOCIAIS, DAS DEFICIÊNCIAS DE NOSSA INFRAESTRUTURA BÁSICA E NOSSOS BENS COMUNS.
É uma falácia afirmar que a expansão dos gabaritos ou centralidades em determinadas áreas da cidade de Florianópolis produzirão moradias populares. Esta proposta vai colapsar a harmonia entre a vida e o meio ambiente que ainda existente entre os Distritos.
Esta afirmativa, nos remete a refletir sobre a lei do mercado, já que, por exemplo, a construção civil só investe quando o negócio é lucrativo. Claro que ninguém é contra o lucro, mas a ausência do equilíbrio de responsabilidade do estado, através de medidas compensatórias. Ressaltamos que é exatamente nesta relação desproporcional que nasce a desigualdade social, com uso por exemplo da exploração da mão obra desqualificada e transitória, cabendo ao estado o papel de amenizar com políticas públicas protetivas ao trabalhador e a sua família, proporcionando moradias dignas ao homem, sem impactar no meio ambiente. Com estas ações protetivas e dignas vamos evitar a ampliação dos problemas de vulnerabilidade social e as infraestruturas de base de Florianópolis.
Os grandes interessados na aprovação da revisão deste Plano Diretor sem a democratização do processo e da participação da sociedade, aparentemente são aqueles que querem lucrar, sem contrapartida necessária em investimento em moradias populares, empregabilidade, educação, saúde, mobilidade e saneamento. A ausência de estudos técnicos e de capacidade suporte junto a revisão do Plano Diretor comprovam nossas preocupações.
O Prefeito e sua equipe de comissionados não tiveram este olhar na revisão do Plano Diretor. Esta revisão como está sendo encaminhada impactará na vulnerabilidade social, ambiental e em questões de infraestrutura básica, com a sensação duma revisão elitista, que beneficiará poucos. Infelizmente, esta revisão não veio acompanhada de preocupações com mudanças climáticas, mangues, montanhas, saneamento básico, saúde, educação e segurança. O atropelamento dos processos de discussões desta proposta induz ao cidadão a pensar que o compromisso do governo municipal é com a campanha eleitoral e financiamento vinculada a revisão do Plano Diretor, diríamos como uma moeda de troca, com pagamento do passivo pela sociedade.
Portanto, sociedade organizada que tem o compromisso com o futuro da nossa cidade deve exigir audiências públicas em nossos Distritos, não permitindo o financiamento de campanhas mediante a revisão do Plano Diretor. Persistir neste atropelamento, concluiremos por grandes acertos financeiros invisíveis afetando nossos bens comuns. Não podemos aceitar esta troca tendo como moeda o PLANO DIRETOR – QUEREMOS AUDIÊNCIA PÚBLICAS EM TODOS DISTRITOS, BAIRROS E COMUNIDADES.